
Na última quinta-feira (05), a cerimônia de batimento de quilha marcou o início da montagem da terceira embarcação do Programa Fragatas Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, no Estaleiro Brasil Sul (TKMS), em Itajaí.
A moeda posicionada sob a estrutura metálica de 52 toneladas é um símbolo tradicional de sorte e proteção para o navio “Cunha Moreira” (F202) e sua tripulação. O batimento ocorre quando a quilha, a “espinha dorsal” da embarcação, é concluída, possibilitando a estruturação das demais partes.
Inicia montagem de terceira fragata da Marinha em SC 714tl
Segundo informações da Agência Marinha de Notícias, o projeto representa mais um o na consolidação da soberania nacional em tecnologias de defesa. No evento, foram reunidas autoridades civis e militares, além de representantes da indústria de defesa e trabalhadores do projeto.
A Marinha do Brasil explica que bloco inaugural corresponde ao futuro compartimento da praça de máquinas, onde serão instalados dois motores, uma caixa redutora e equipamentos auxiliares.
Para Monalisa da Silva Fernandes, colaboradora da TKMS responsável pelo posicionamento da moeda durante o ato simbólico, a experiência foi marcante. “Estou bem nervosa pela proporção do Programa, mas muito feliz por poder participar. Fico bastante orgulhosa de fazer parte de um projeto dessa magnitude”, afirmou.

Três fragatas em construção no programa ‘Tamandaré’ 5g1p1q
O Programa Fragatas Classe “Tamandaré” (PFCT) é o maior projeto naval de superfície em andamento no Brasil e vive um momento inédito, que é a construção de três fragatas simultaneamente.
Além da “Cunha Moreira”, o estaleiro abriga a Fragata “Tamandaré” (F200), lançada ao mar em 2024, e a Fragata “Jerônimo de Albuquerque” (F201), com lançamento previsto para o segundo semestre deste ano.
Segundo a Marinha do Brasil, este feito reforça a capacidade técnica da Base Industrial de Defesa (BID) e consolida o Brasil como polo de excelência em construção naval de defesa.

Tecnologia alemã de última geração é utilizada nas fragatas 4k283x
Conforme explica a Marinha, as embarcações são construídas com a tecnologia MEKO, da empresa alemã TKMS, amplamente utilizada em navios militares de diversos países e adaptada às necessidades da MB.
Com 107 metros de comprimento, 3.500 toneladas de deslocamento e capacidade para cerca de 130 tripulantes, as fragatas contam com convoo, hangar para aeronave, sistemas de mísseis, sensores multifuncionais e radares de última geração.
“São fragatas modernas, em uma geração bem diferente das que temos atualmente. Vão atuar em várias áreas, como defesa de superfície, submarina e antiaérea, com um ganho de qualidade muito grande para a nossa Marinha e para a nossa Esquadra. E estão sendo construídas no Brasil, de forma inédita, gerando empregos e capacitação para os trabalhadores da indústria naval”, ressaltou o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa.